
Onde limite é a virgula e não o ponto.
Pão
01/06/2013 20:05Sonhei um dia em que fazíamos pão
Todos juntos partilhando a alegria de produzir o alimento
As crianças brincavam em tanques de areia,
Castelos sem fim de heróis fantasiados
Tão vívidos quanto a própria vida pode ser
E os filhos dos filhos uns com os outros corriam e riam
O parque, o palco de um dia divino
O sol brilhava
Uma leve brisa renovava o ar
Todo canto florescia
O aroma do pão e a emanação primaveril permeavam
Deleite de toda gente
Uma suave música pairava
O canto de pássaros, o farfalhar das folhas e o murmúrio da cachoeira distante
Todos cantarolavam o ritmo que deve ser
Nós fazíamos pão
O alimento do corpo crescia, assim como o da alma
A massa entre os dedos tomando forma
Água, farinha, sal e amor
Fermentando a vontade em crescer
Tornando-se o alimento
E alimentando sonhos
Um dos pais era eu
Um dos filhos sou
E o espirito que glorifica o dia serei
Profunda foi a presença
Senti paz
Deus
Acordei chorando
Pranto de um sonho
Texto: Maurício Gervazoni
Imagem: Google Images
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